SOBERANIA BRASILEIRA É INEGOCIÁVEL
BRASIL RESPONDE COM FIRMEZA À TAXA DOS EUA: INDIGNAÇÃO E PEDIDO DE NEGOCIAÇÃO MARCAM DEFESA DA SOBERANIA NACIONAL
O anúncio, em 9 de julho, da imposição de tarifas de importação de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil para os Estados Unidos, a partir de 1º de agosto, provocou uma reação imediata e contundente do governo brasileiro. Em um movimento que reafirma o compromisso com a soberania nacional e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro, o Brasil enviou uma carta formal aos EUA, expressando indignação e cobrando uma negociação. Este episódio ressalta a postura proativa e experiente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe na condução da política externa do país.
Enquanto a preocupação de certos grupos políticos se volta para a autoproteção e interesses particulares, a administração Lula demonstra uma clara prioridade: a proteção da economia brasileira e o bem-estar de sua população. A busca por uma mesa de negociação democrática com os Estados Unidos é um testemunho da seriedade e do profissionalismo com que o governo brasileiro encara os desafios internacionais. A experiência do presidente Lula em lidar com crises e sua serenidade em momentos de tensão são elementos cruciais para a defesa dos interesses do Brasil em um cenário global complexo.
A Carta na Íntegra: A Voz da Indignação Brasileira
A seguir, a íntegra da carta enviada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a autoridades norte-americanas, endereçada ao Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnik, e ao Representante Comercial, Embaixador Jamieson Greer:
A Suas Excelências os Senhores
Secretário de Comércio, Howard Lutnick
Representante Comercial dos Estados Unidos, Embaixador Jamieson Greer
1. O Governo brasileiro manifesta sua indignação com o anúncio, feito em 9 de julho, da imposição de tarifas de importação de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil para os Estados Unidos, a partir de 1° de agosto. A imposição das tarifas terá impacto muito negativo em setores importantes de ambas as economias, colocando em risco uma parceria econômica historicamente forte e profunda entre nossos países. Nos dois séculos de relacionamento bilateral entre o Brasil e os Estados Unidos, o comércio provou ser um dos alicerces mais importantes da cooperação e da prosperidade entre as duas maiores economias das Américas.
2. Desde antes do anúncio das tarifas recíprocas em 2 de abril de 2025, e de maneira contínua desde então, o Brasil tem dialogado de boa-fé com as autoridades norte-americanas em busca de alternativas para aprimorar o comércio bilateral, apesar de o Brasil acumular com os Estados Unidos grandes déficits comerciais tanto em bens quanto em serviços, que montam, nos últimos 15 anos, a quase US$ 410 bilhões, segundo dados do governo dos Estados Unidos. Para fazer avançar essas negociações, o Brasil solicitou, em diversas ocasiões, que os EUA identificassem áreas específicas de preocupação para o governo norte-americano.
3. Com esse mesmo espírito, o Governo brasileiro apresentou, em 16 de maio de 2025, minuta confidencial de proposta contendo áreas de negociação nas quais poderíamos explorar mais a fundo soluções mutuamente acordadas.
4. O Governo brasileiro ainda aguarda a resposta dos EUA à sua proposta.
5. Com base nessas considerações e à luz da urgência do tema, o Governo do Brasil reitera seu interesse em receber comentários do governo dos EUA sobre a proposta brasileira. O Brasil permanece pronto para dialogar com as autoridades americanas e negociar uma solução mutuamente aceitável sobre os aspectos comerciais da agenda bilateral, com o objetivo de preservar e aprofundar o relacionamento histórico entre os dois países e mitigar os impactos negativos da elevação de tarifas em nosso comércio bilateral.
O Impacto e a Necessidade de Diálogo
A carta, enviada seis dias após o anúncio de Donald Trump, não apenas manifesta a indignação brasileira, mas também refuta a alegação de que os Estados Unidos teriam uma relação deficitária com o Brasil. Conforme o documento aponta, os números revelam, na verdade, um resultado favorável aos americanos, com déficits comerciais significativos acumulados pelo Brasil nos últimos 15 anos. Essa precisão nos dados fortalece a posição brasileira e demonstra a transparência na argumentação do governo.
A iniciativa de enviar a carta reforça a postura do governo Lula de priorizar o diálogo e a negociação como ferramentas essenciais para resolver impasses internacionais. Em um cenário onde a retórica unilateral pode prevalecer, o Brasil se posiciona como um ator global que busca soluções mutuamente aceitáveis, visando a preservação e o aprofundamento do relacionamento histórico entre os dois países. Este é um exemplo claro de como a diplomacia e a experiência podem ser utilizadas para proteger os interesses nacionais diante de desafios externos.
A expectativa agora recai sobre a resposta dos Estados Unidos à proposta brasileira, e a capacidade de ambos os países de encontrarem um caminho para mitigar os impactos negativos das tarifas e fortalecer a parceria econômica bilateral. A serenidade e a experiência do presidente Lula e sua equipe serão, sem dúvida, determinantes para o sucesso dessas negociações.
(Gilson Romanelli-Jornalista)
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